segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

CONFETES D'ÁGUA

Passei o carnaval desenhando desejos e meus confetes foram d'água, chuva firme que me acorda, chuva que amacia a pele do sol. Na hora de dormir, vestia a fantasia e me jogava na avenida. Não sei se acertei os passos, mas deixei o corpo fluir até ganhar os contornos do suor, até os poros se inflarem de alegria.
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Passei o carnaval sem folia nem serpentina, acompanhando um desfile de sonhos. No sábado, fui Colombina. No domingo, cigana cheia de mistérios. Na segunda, eu era uma bailarina que fazia piruetas em todos os cômodos. Sabia que, na terça, seria o incerto.
A personagem favorita na quarta-feira de cinzas.

Um comentário:

José Feitosa (Zé da Feira) disse...

Gostei da viagem regada de confetes d'água e dos desenhos... Pela primeira vez sei de alguém que dessenha desejos, deve ser um barato ainda mais quando se transforma em bailarina capaz de sair dando piruetas de sonhos!

Você é fera!

Beijão do amigo