Meu coração é uma peixeira afiada, sangra para fazer brotar amores. É uma seta que aponta para estradas distantes e alcança o desconhecido quando anoitece.
É quentura do sertão. Terra firme, rachada, que também é fértil. Meu coração é balanço de mar. Meu coração adocica o sal.
O meu carinho é calejado
É afago açucarado de cana
Aconchego danado de cachaça
Lambo o mandacaru. Sei que lá mato minha sede. Tenho ainda a pele curtida pelo sol, com cheiro da arruda da benzedeira.
Trago fé na cartucheira. Na poeira, deixo a saudade...
É quentura do sertão. Terra firme, rachada, que também é fértil. Meu coração é balanço de mar. Meu coração adocica o sal.
O meu carinho é calejado
É afago açucarado de cana
Aconchego danado de cachaça
Lambo o mandacaru. Sei que lá mato minha sede. Tenho ainda a pele curtida pelo sol, com cheiro da arruda da benzedeira.
Trago fé na cartucheira. Na poeira, deixo a saudade...
3 comentários:
Uma lindeza!
Das coisas mais musicais que já li. Conjurei muitas imagens na mente...
(sim, é o Estêvão mesmo =x)
Vixe, ques verso bonito da gota serena!
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