Os olhos arredondados teimavam em sorrir. Momento inoportuno, era despedida. Queria levar toda a sorte de roupas diferentes, sem pensar muito em combinações, como nos tempos em que comia biscoitos sortidos vendo desenhos animados à tarde.
O rosto se tornava piramidal quando sorria, o fino queixo delicado apontava para o fundo do peito. As novas peças não serviriam na cidade ensolarada, mas levaria. Levaria tudo aquilo que lhe desse a cor de alegria que assumira nos últimos meses. Era feliz ao amontoar os pedaços que, quando dobrados, perdiam a forma do seu corpo. Era apenas feliz.
A vontade que sentia era de ter o coração das pessoas queridas batendo junto ao seu. Notas em sincronia, soando em duplas. Sensação agradável também era respirar o ar cheio de saudade...
Semana que vem será um tanto mais perto. "Gosto de que gosto", ela dirá.
Um comentário:
Incrivel, seu texto!
Adoro a expressão "cor de alegria"
me faça uma visitinha tb, meu blog não é nada pretensioso, mas gostaria que provasse do "prato" e me dissesse o que achou. Bjs dani
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